A apologética
reflexiva
ante um homem tirano.
Sinceridade, significa " sem cera", pois na
antiga Roma, alguns escultores ao reformarem estátuas eles colocavam ceras nas
rachaduras, nos defeitos e nas imperfeições, mas quando se colocava luz sobre
essa estátua, as partes que estavam preenchidas com cera, a luz expunha toda a
rachadura através da cera. A luz sempre irá expor nossas imperfeições.
Desta forma nos falta sinceridade nos nossos discursos
e em nossas vidas, visto isso, nosso primeiro gesto de sinceridade é assumirmos
que não temos pensamento livre, não somos independentes no nosso modo de
pensar, nossas mentes não são livres pois jamais podemos ignorar a queda em
Adão.
A apologética é, portanto, vital na fomentação de
um ambiente cultural em que o evangelho pode ser ouvido como uma opção
viável para pessoas pensantes. Na maioria dos casos, não serão argumentos ou
evidências que levarão as pessoas à fé em Cristo — essa é a meia-verdade
vista pelos detratores da apologética —, não obstante, será a apologética
que, ao tornar o evangelho uma opção crível para as pessoas, lhes dará, por
assim dizer, o aval intelectual para crer. Por isso, é vitalmente importante
que preservemos um ambiente cultural em que o evangelho é ouvido como uma
opção viva para pessoas pensantes, e a apologética será essencial para
ajudar a produzir esse resultado.
A relevância da queda no contexto apologético.
Queda por si só se explica, caímos de um patamar,
caímos de um nível para um nível inferior. Esse nível inferior é um nível onde
o pecado, a rebeldia e as ações anti-Deus entremeiam e influenciam todas as
nossas faculdades, não somos livres pois sempre haverá a ação e influência do
pecado em todas as áreas de nossas vidas, quer sejam emocionais, de juízo ou de
ação.
Nossas mentes necessitam de algo para se submeterem,
os que se acha livres e subversivos, mal sabem eles que vivem um clichê antigo
e já estabelecido, ou seja, os revoltados já são esperados e influenciados em
seus pensamentos. Temos uma capacidade ideológica limitada e jamais criadora em
si própria pois a criação e eternidade não está em nós mas em Deus.
O crente verdadeiro deve admitir a sua total submissão
intelectual a graça de Deus pois é incapaz de se manter a distancia de tudo sem
participar do mundo para se colocar em posição de analise.
Não há sentido na criatura mas a criatura encontra
sentido no criador. A intelectualidade não busca a Deus pois a revelação de
Deus é Ele se revelando a nós.
Não há liberdade da mente ou nos submetemos a Deus ou
estamos vivendo de acordo com osso coração pecaminoso e enganoso, não nos
enganemos!
Engraçado pensarmos no quanto nós nos exaltamos na
adoração que devemos fazer a Deus, o quanto nós achamos que somos peças
fundametais na adoração e até mesmo a adoração perdendo o sentido em si.
Quando pensamos em Deus e em seus atributos devemos
lembrar que entes de Tudo, Ele é, Ele é o grande “Eu Sou”, antes de tudo, Deus
se subsistia em Si, pleno e completo. Deus não precisa dos remidos para
“completarem” Sua obra, não precisa dos remidos para “ter sentido” ou “ter Seu
propósito”.
Devemos honrar a Deus e temos também a capacidade de
desonra-ló mas não em Seu Ser Essencial mas em Seu caráter oficial.
Isaías 40:15 Eis que as nações são consideradas por ele
como a gota dum balde, e como o pó miúdo das balanças; eis que ele levanta as
ilhas como a uma coisa pequeníssima.
E ainda:
Isaías 40:17 Todas as nações são como nada perante
ele; são por ele reputadas menos do que nada, e como coisa vã.
Ora, apenas Deus é o criador e dono de tudo o que existe.
Nesse sentido, Deus só poderia ser considerado um tirano s o mundo não lhe
pertencesse de fato e de direito. Mas acontece que o mundo e tudo o que nele há
pertence a Deus.
A manifestação Divina.
Tal Deus não pode ser encontrado mediante
investigação; só pode ser conhecido conforme e quando revelado ao coração pelo
Espírito Santo, por meio da Palavra.
Como podemos pensar que podemos compreender a Deus?
Como nossa mente finita pode compreender o infinito, somos criaturas Dele e
criados para sermos dependentes Dele pois sem Ele não há sentido viver em nós
mesmos.
Somos tolos pois estamos presos em nós mesmos, reverberando
nossos pensamentos e nossas convicções sem suscitações, somos ecos de nós
mesmos. A humildade é sinal do auto reconhecimento, por essa razão, o tolo não
é humilde, uma vez que não se interessa pelo autoconhecimento, o qual, por sua
vez, pressupõe a suspeita de si mesmo e de suas ideias, confrontando-as e
presumindo que elas não são tão suas ou tão originais como parecem ser. O Tolo
não se corrige, o tolo não quer ver que há algo superior a ele, e que
principalmente, que ele próprio é bem menos do que ele pensa ser.
Essa cegueira e surdez é hereditária, advinda de Adão,
nele o pecado minou toda nossa capacidade de termos qualquer ação seja ela
intelectual, emocional ou altruísta sem a interferência do pecado. Para que
essa condição seja alterada, só por meio de uma Revelação do próprio Deus,
revelação está instrumentalizada através da Sua Própria Palavra, ela os traz
libertação.
A liberdade
obrigatoriamente começa com a noção do que somos, de nossa natureza de nossa
condição, de nossa perdição e de nossa total incapacidade, mas mediante essa
Revelação, que é o Evangelho de Cristo, começamos a enxergar um Deus vivo,
santo, infinito e que faz a nossa vida ter sentido.
Somos flechas lançadas por Deus, flechas essas que tem
como alvo, o próprio Deus, Ele fez tudo por Si e para Si, como a queda adâmica,
essas flechas perderam seu alvo, perderam a direção e por si só são incapazes
de se ajustar para corrigir seu alvo.
“O pecado é feio, irracional e destrutivo, mas mesmo
assim eu o amo. Como, ó Senhor, explicar o amor que tenho pelo que é feio,
irracional e destrutivo?” Santo Agostinho.
Essa afirmativa expõe claramente nossa incapacidade
natural de buscar a Deus e nossa capacidade e inclinação natural de nos
mantermos em inimizade com Ele.
Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não
quero esse faço. Romanos 7:19
Mas já que sou incapaz de conhecer e reconhecer Deus,
como então devo conhece-Lo? Deus não quer ser conhecido a não ser por
intermédio de Cristo; nem pode ser conhecido por outro modo. Cristo é o
descendente prometido a Abraão; nele, Deus cumpriu todas as suas promessas.
Portanto, somente Cristo é o meio, a vida e o espelho pelo qual vemos Deus e
conhecemos sua vontade. Por meio de Cristo, Deus declara seu favor e
misericórdia para conosco. Em Cristo, vemos que Deus não é um mestre e um juiz
irado, mas, sim, um pai gracioso e bondoso, que nos abençoa, isto é, que os
salva da lei, do pecado, da morte, e de todo mal, e nos oferece a justiça e a
vida eterna mediante Cristo. Este é um conhecimento certo e verdadeiro de Deus;
uma persuasão divina que não falha, mas retrata Deus mesmo numa forma
específica, à parte da qual não há nenhum Deus.
O conhecimento natural de Deus produz falsos deuses,
nossa aproximação de Deus carece da graça, graça é a revelação de Deus, a graça
gera a própria confissão da necessidade de Deus, a graça é o valor imerecido,
fruto da misericórdia de Deus, centralizada em Cristo Jesus.
Agora, sem dúvida, não é necessário dizer que ao
fazermos apologética precisamos agir de forma relacional, humilde e
agradável; mas isso dificilmente é uma percepção original do
pós-modernismo. Desde o início os apologistas cristãos sabiam que devemos
apresentar as razões da nossa esperança “com mansidão e temor” (1Pe 2.15,16).
Não é necessário abandonar os cânones da lógica, racionalidade e verdade a
fim de exemplificar essas virtudes bíblicas.
Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será
salvo.
Romanos 10:13
Salva-me, ó Deus, pelo teu nome, e faze-me justiça
pelo teu poder.
Salmos 54:1
E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do
Senhor será salvo.
Atos 2:21
E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo
do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser
salvos.
Atos 4:12
Cristo é a própria revelação de Deus, Cristo é a
reposta para nossa inquietude, para nosso vazio, para nosso propósito. Nos
humilhemos e reconheçamos, que roguemos a misericórdia de Deus, que Ele se
manifesta diariamente em nossas vidas e nos dê a luz e o caminho.
Sou incapaz por mim próprio de Te buscar Ó Senhor mas
tem misericórdia de mim, não merecedor, rebelde mas derrama sobre mim Teu perdão, Tua paz e ilumina meus caminhos
para eu não
Nenhum comentário:
Postar um comentário